terça-feira, 12 de agosto de 2014

SÍNDROME DA BOCA ARDENTE


A Síndrome da Boca Ardente é definida como uma dor tipo ardência na língua e outros locais da mucosa oral presente ao menos últimos quatro a seis meses, acompanhado de ausência de achados clínicos e laboratoriais. É chamada de glossodínia.
Ocorre em pessoas de meia idade e idosos.
A SBA é caracterizada por uma tríade: dor moderada e contínua em mucosa oral, disgeusia e xerostomia, sem lesoões detectáveis ao exame clínico. A maioria dos casos é oligossintomática ou monossintomática (dor apenas). Pode haver sintomas como cefaléia, sede, dor em ATM e sensibilidade maior em músculos mastigatórios, cervicais e ombros.
Os locais mais acometidos pela dor são: ponta da língua, lábio inferior e o palato duro. Piora cm fatores estressantes, alimentos ácidos e fadiga.
Etiopatogenia ainda é incerta, ainda não se sabe se faz parte de uma gama de sintomas de outra doenças ou é uma entidade nosológica distinta. Fatores locais, sistêmicos, psicogênicos e neuropático podem estar relacionados a doença.
  • Locais: infecções, reações alérgicas, língua geográfica, procedimentos dentários, hábitos parafuncionais (mordedura do lábio ou bochecha, bruxismo), disfunção da glândula salivar.
  • Sistêmicos: menopausa, baixos níveis de B1, B2, B6 e B12.
  • Psicogênicos: Depressão, Ansiedade.
  • Neuropático: aumento na sensibilidade do nervo trigêmio, distúrbios do sistema neurovascular da mucosa oral.
Drogas como o enalapril, captopril, lisinopril, candesartam, clonazepam, fluoxetina, sertralina, venlafaxina e terapia de reposição hormonal podem em estudos recentes levarem as manifestações da glossodínia.
Tratamento:
Na xerostomia podem usar substitutos da saliva ou estimuladores: sorbitol ou gomas de mascar, policarpina, piridostigmina.
No caso da dor a reposição de B12 não teve grandes resultados. Podemos usar diversos medicamentos: capsaicina tópica em dose baixas, clonazepam, gabapentina, pregabalina e antidepressivos como a sertralina, paroxetina quando há sintomas emocionais envolvidos.
Pacientes refratários usar da terapia cognitivo-comportamental.
 
 



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