Qual o diagnóstico?
Não tenham medo de errar, pois faz parte do aprendizado.
Deixem as repostas nos comentários.
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
OSTEOARTRITE EM MÃOS
Osteoartrite de Mãos ou também chamada de Nodal é mais comum em mulheres do que em homens, relação 10:1, tendo seu início por volta da 4ª e 5ª década da vida. Via de regra, seu início coincide com as alterações hormonais próprias da menopausa.
Normalmente o acometimento de mãos é do tipo simétrico e bilateral, podendo ocorrer tanto em articulações interfalangianas distais quanto as proximais. O acometimento das interfalangianas pode ser, por vezes, indolor, sendo que algumas pacientes só se dão conta da importância e da gravidade desta doença quando as deformidades já estão instaladas.
Quando o comprometimento articular é das interfalangianas proximais, são estas chamadas de nódulos de Bouchard enquanto, o acometimento de interfalangianas distais são denominadas nódulos de Heberden.
Um acometimento específico da articulação trapézio/metacarpiana ou escafo/trapeziana denominada de Rizartrose ou artrose da base do polegar, leva muitas vezes uma dificuldade na capacidade de apreensão em pinça, com muita dor local.
Há dor e calor local em formas mais erosivas, rigidez matinal que não dura mais que 30 minutos, o que diferencia com Artrite Reumatóide, aonde o prazo de rigidez é maior.
Geralmente essa localização tem participação genética.
domingo, 24 de agosto de 2014
TEMAS DA LAGG
- 01.09 - Cetoacidose Diabética e Coma Hiperosmolar
- 04.09 - Abdomen Agudo Idoso
- 08.09 - Artigo
- 18.09 - Epilepsia no Idoso
- 22.09 - Doença de Binswanger
- 02.10 - Artigo
- 06.10 - Doença Arterial Obstrutiva Crônica
- 16.10 - Demência Semântica
- 20.10 - Artigo
- 30.10 - Glomeuropatias no Idoso
- 03.11 - Mieloma Múltiplo
- 13.11 - Gliose Subcortical Progressiva
- 17.11 - Cirrose Hepática
- 27.11 - Tuberculose Pulmonar
- 01.12 - Hipovitaminose D
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
DESAFIO 1
Resposta: RX de Enfisema Pulmonar
Rx mostra Hiperinsulflação pulmonar, costelas retificadas, diafragma retificado, coração em forma de "gota". Neste rx mostra ainda oclusão do seio costo frênico direito que pode ser por derrame pleural ou pleurite.
Rx mostra Hiperinsulflação pulmonar, costelas retificadas, diafragma retificado, coração em forma de "gota". Neste rx mostra ainda oclusão do seio costo frênico direito que pode ser por derrame pleural ou pleurite.
ISQUEMIA MESENTÉRICA
Introdução
É uma síndrome causada por uma insuficiência vascular esplânica que impede a nutrição adequada para os órgãos correspondentes.
Existem na Inglaterra quase 2000 casos por ano, contra 100.000 casos de infarto. Isso se explica devido a rica rede anastomótica com suas tributárias no sistema intestinal.
A maior complicação da isquemia mesentérica é a necrose, com uma mortalidade de 50 a 80%.
Classificação
Quanto a obstrução do fluxo: Oclusiva e não Oclusiva.
Quanto a apresentação da sintomatologia: Aguda ou Crônica.
Quanto a origem vascular: Arterial ou Venosa.
Colite Isquêmica
A colite isquêmica é uma das doenças abdominais mais comuns no idoso.
Responde por 50% dos casos de isquemia mesentérica. A incidência
estimada é de 1 para 2.000 internações hospitalares.
A colite isquêmica afeta os dois sexos igualmente, geralmente acima dos 60 anos, dos quais, aproximadamente, 15% a 20% têm diabetes.
A colite isquêmica afeta os dois sexos igualmente, geralmente acima dos 60 anos, dos quais, aproximadamente, 15% a 20% têm diabetes.
Geralmente se deve a redução do fluxo de sangue para o intestino de
forma transitória e autolimitada, provocando isquemia e necrose da
mucosa e submucosa ou de toda a parede intestinal. Na maioria dos casos,
não se consegue demonstrar a obstrução vascular por métodos
radiológicos.
Isquemia pode ser oclusiva ou não, que pode levar a diarréia moderada sanguinolenta, irritação peritoneal, distensão abdominal, ruídos hipoativos e dor
em quadrante inferior esquerdo, podendo evoluir para a forma
estenosante.
Isquemia Mesentérica Aguda
São três causas: Embolia, trombose e isquemia sem oclusão.
A oclusão súbita da artéria mesentérica superior é praticamente incompatível com a vida, pois as alças do intestino delgado exigem para nutrição e metabolismo, um fluxo sanguíneo elevado. Assim a mortalidade é muito alta neste caso.
As embolias representão 10% dos casos, sendo a maioria de origem cardíaca e, que resultam da fragmentação de trombos murais de um IAM, de miocardiopatias; tromboses atriais e valvulares em pacientes com Fibrilação Atrial ou pelo uso de próteses. No restante pode ser do desprendimento de fragmentos de trombos de dentro de aneurisma da aorta torácica ou formados em placas de ateroma.
A trombose aguda é devido a lesões ateroescleróticas dos vasos mesentéricos e do tronco celíaco. Geralmente ocorrem em pacientes idosos com ateroesclerose difusa, com história anterior de isquemia cerebral, miocárdica ou periférica. Geralmente a oclusão ocorre no tronco arterial. Existem outras causas menos comuns: arterite medicamentosa, poliartrite nodosa, arterite por hipersensibilidade e Síndrome de Kawasaki.
A isquemia sem oclusão é responsável por 30 a 50% dos casos.O organismo para se proteger do baixo débito, desviando o fluxo sanguíneo para órgãos nobres, sendo um alimentador da sepse instalada.Ocorre em choque cardiogênico, hipovolêmico, septicemia.
A incidência de oclusão venosa é baixa, menos de 5% dos casos.
Boley identificou fatores de risco para isquemia mesentérica aguda:
- ICC descompensada
- Arritmias cardíacas
- IAM recente
- Doença valvar ou ateroesclerótica
- Idade acima dos 50 anos
- Hipovolemia e/ou hipotensão arterial
Dores intensas no abdômen na região umbilical ou no epigástrico, inquietação, sudorese, vômitos, diarréia e ruídos hidroaéreos aumentados numa fase inicial. Depois de 1 a 2 horas, a dor sofre remissão por pouco tempo e o abdômen fica depressível e o ruídos hidroaéreos ficam presentes. Com o decorrer de horas, a dor reaparece, com sinais de irritação peritoneal e ausência de ruídos, instalando uma peritonite e distensão abdominal.O diagnóstico precoce é importantíssimo para sobrevida do paciente.
Toque retal pode haver sangue no reto
Isquemia Mesentérica Crônica
É mais rara, cursando com dor abdominal que se segue a 15 a 30 minutos após a refeição, que dura 1 a 2 horas. Localiza-se em epigástrico, hipogástrico ou umbilical. A dor limita a ingestão de comida. Há presença de emagrecimento semelhante a caquexia cardíaca. Emagrecimento que não seja devido a câncer pancreático ou gástrico ou por úlcera duodenal, considerar possível isquemia mesentérica crônica
Trombose Venosa Mesentérica
Associado a Policitemia, estados de hipercoagulabilidade (proteína S, deficiência de antitrombina) Hipertensão Portal e sepse. Há dor após as refeições e pode haver ascite sanguinolenta.O diagnóstico é pela arteriografia.
Exames Complementares
Hemograma mostra leucocitose importante de 20.000 a 40.000 por milímetro cúbico.
Acidose Metabólica
Amilase e creatinina aumentadas, já mostrando irreversibilidade.
Rx de abdômen é normal nas fases iniciais e com o evoluir mostra distensão de alças e espessamento de paredes.
Arteriografia - padrão ouro para isquemia mesentérica aguda ou crônica.
Tomografia
Angioressonância Magnética
Doppler arterial dos vasos mesentéricos - tem poder limitado de uso.
Colonoscopia pode mostrar a Colite Isquêmica
Tratamento
Infusão de volume, correção de distúrbio hidroeletrolítico, drogas vasoativas, antibióticos como metronidazol + aminoglicosídeos.
Laparotomia exploradora com bypass.
Endarterectomia para múltiplas lesões onde o bypass pode ser difícil.
Anticoagulantes em pacientes que tiveram Trombose Venosa Mesentérica.
Colonoscopia de Colite Isquêmica |
terça-feira, 12 de agosto de 2014
QUAL O DIAGNÓSTICO?
Desafio 01:
Esse rx de tórax é típico de qual patologia?
As respostas podem ser colocadas nos comentários.
SÍNDROME DA BOCA ARDENTE
A Síndrome da Boca Ardente é definida como uma dor tipo ardência na língua e outros locais da mucosa oral presente ao menos últimos quatro a seis meses, acompanhado de ausência de achados clínicos e laboratoriais. É chamada de glossodínia.
Ocorre em pessoas de meia idade e idosos.
A SBA é caracterizada por uma tríade: dor moderada e contínua em mucosa oral, disgeusia e xerostomia, sem lesoões detectáveis ao exame clínico. A maioria dos casos é oligossintomática ou monossintomática (dor apenas). Pode haver sintomas como cefaléia, sede, dor em ATM e sensibilidade maior em músculos mastigatórios, cervicais e ombros.
Os locais mais acometidos pela dor são: ponta da língua, lábio inferior e o palato duro. Piora cm fatores estressantes, alimentos ácidos e fadiga.
Etiopatogenia ainda é incerta, ainda não se sabe se faz parte de uma gama de sintomas de outra doenças ou é uma entidade nosológica distinta. Fatores locais, sistêmicos, psicogênicos e neuropático podem estar relacionados a doença.
- Locais: infecções, reações alérgicas, língua geográfica, procedimentos dentários, hábitos parafuncionais (mordedura do lábio ou bochecha, bruxismo), disfunção da glândula salivar.
- Sistêmicos: menopausa, baixos níveis de B1, B2, B6 e B12.
- Psicogênicos: Depressão, Ansiedade.
- Neuropático: aumento na sensibilidade do nervo trigêmio, distúrbios do sistema neurovascular da mucosa oral.
Drogas como o enalapril, captopril, lisinopril, candesartam, clonazepam, fluoxetina, sertralina, venlafaxina e terapia de reposição hormonal podem em estudos recentes levarem as manifestações da glossodínia.
Tratamento:
Na xerostomia podem usar substitutos da saliva ou estimuladores: sorbitol ou gomas de mascar, policarpina, piridostigmina.
No caso da dor a reposição de B12 não teve grandes resultados. Podemos usar diversos medicamentos: capsaicina tópica em dose baixas, clonazepam, gabapentina, pregabalina e antidepressivos como a sertralina, paroxetina quando há sintomas emocionais envolvidos.
Pacientes refratários usar da terapia cognitivo-comportamental.
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
ACADÊMICOS DA LAGG
Acadêmicos de Medicina que fazem parte da LAGG:
Robson Boeira
Carolina Bortolon
Taís Turati
Maria Tereza Favero
Marianne Valero
Laís Farneda
Priscila Donato
Izabela Mouzinho
Professores Responsáveis:
Dr. Marcos Quirino G. Faria
Dr. Gionei Sulzbacher
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
CARCINOMA BASOCELULAR
O carcinoma basocelular (basalioma ou epitelioma basocelular) é um tumor maligno da pele e são originários da epiderme e dos apêndices cutâneos acima da camada basal, como os pêlos, por exemplo. Sua ocorrência é mais comum após os 40 anos de idade, nas pessoas de pele clara e seu surgimento tem relação direta com a exposição acumulativa da pele à radiação solar durante a vida. A proteção solar é a melhor forma de prevenir o seu surgimento.
Por ser um tumor de crescimento muito lento em que não há metástase, é o de melhor prognóstico entre os CA de pele. No entanto, pode apresentar característica invasiva e, com o seu crescimento, destruir os tecidos que o rodeiam atingindo a cartilagem e os ossos.
Fatores de Risco
A exposição excessiva ao sol é o principal fator de risco. Pessoas que vivem em países tropicais como Brasil e Austrália (país com o maior registro de câncer de pele no mundo), estão mais expostos a esse tipo de doença.
Porém, doenças cutâneas prévias, fatores irritadiços crônicos (úlcera angiodérmica e cicatriz de queimadura) e exposição a fatores químicos como o arsênico, por exemplo, também podem levar ao diagnóstico. Nestes casos, a doença costuma se manifestar muitos anos depois da exposição contínua aos fatores de risco.
A maior incidência deste tipo dese dá na região da cabeça e do pescoço, que são justamente os locais de exposição direta aos raios solares. Pode se manifestar de diversas formas mas em sua apresentação mais típica inicia-se como pequena lesão consistente, de cor rósea ou translúcida e aspecto "perolado", liso e brilhante, com finos vasos sanguíneos na superfície e que cresce progressiva e lentamente.
O carcinoma basocelular também pode apresentar pontos escuros e, na sua evolução, pode ulcerar (formar ferida) ou sangrar devido a pequenos traumatismos como o roçar da toalha de banho, podendo, com isso, apresentar uma crosta escura (sangue coagulado) na sua superfície.
Basocelular pigmentado |
Algumas lesões podem ser pigmentadas, com as mesmas características descritas acima porém de coloração escura (basocelular pigmentado), outras crescem em extensão atingindo vários centímetros sem contudo aprofundar-se nos tecidos abaixo dela (basocelular plano-cicatricial). A forma mais agressiva acontece quando o tumor invade os tecidos em profundidade (basocelular terebrante), com grande potencial destrutivo principalmente se atingir o nariz ou os olhos.
terça-feira, 5 de agosto de 2014
ENDOCARDITE INFECCIOSA EM IDOSOS
Endocardite Bacteriana possue manifestações clínicas de difícil avaliação, pois a bacteremia pode ter sintomas inespecifícos, incluindo queixas de astenia, anorexia, náuseas, vômitos, emagrecimento, mal estar, diaforese noturna e delirium. Febre pode estar ausente.
A clínica muitas vezes manifesta-se por mudança nos sopros, sinais vasculares periféricos (infartos pulmonares sépticos, aneurismas micóticos, embolos arteriais, hemorragia intracraniana e lesões de Janeway), leucocitose com desvio a esquerda, aumento da VHS, hemoculturas positivas, anemia de doença crônica e infarto esplânico.
MO: Streptococos viridans, S. aureus, Streptococos bovis, Enterococos faecalis, fungos, grupo Hacek. Nos idosos os mais frequentes são o S. viridans e Enterococos. As bacteremias são oriundas de procedimentos dentários, infecções e manipulações do trato geniturinário, limpeza cirúrgica de úlceras de pressão, cirurgias do trato gastrointestinal, infecções de ferida operatória e cirurgias do trato biliar. Em EI por S. bovis tem relação com TU de Cólon.
LESÕES DE JANEWAY |
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
AULA DE QUEDAS
Hoje tivemos a aula sobre Quedas, apresentado por nossos alunos da Liga, Robson e Priscilla.
Parabéns aos dois pela apresentação.
Em breve a aula será disponibilizada.
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