domingo, 28 de setembro de 2014

LESÃO DO III PAR CRANIANO

III par craniano ou nervo motor ocular comum apresenta funções motoras e vegetativas. As primeiras inervam a musculatura extrínseca do globo ocular, com exceção dos músculos reto lateral e oblíquo superior ou grande oblíquo. Além disso inerva o músculo elevador da pálpebra. As vegetativas invervam o músculo constritor das pupilas e são parassimpáticas.
Nas lesões do III par os pacientes exibem ptose palpebral (paralisia do músculo elevador da pálpebra superior), quando levantada a palpebra, o paciente apresenta estrabismo divergente, estando o olho desviado para fora pelo predomínio do reto-lateral (invervado pelo VI par). Os movimentos de adução e abaixamento do globo ocular estão comprometidos em virtude da falta de ação dos músculos reto medial, superior e inferior. Movimentos de elevação e abdução, determinadas pelo  oblíquo inferior, também estão comprometidas.
Há midríase, em virtude do comprometimento das fibras parassimpáticas que inervam o constricor da pupila, predominando a ação dilatadora simpática.
Reflexo fotomotor está diminuído ou abolido pelo comprometimento das fibras parassimpáticas.
Frequentemente a associação da paralisia do IV par, aonde o indivíduo tem dificuldade de olhar para baixo e para fora. Há diplopia quando o paciente olha para baixo.
Causas:
  • Aneurismas do Polígono de Willis rotos
  • Traumatismos
  • Diabetes Mellitus
  • Hipertensão Intracraniana
  • Neoplasias da região selar
Fonte: Propedêutica Neurológica Básica, Sanvito
           Semiologia Médica, Porto
 
 
 
LESÃO DO III PAR CRANIANO
 
 

 
 
 

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

CUIDADOS PALIATIVOS 3

7.Tosse
  • Codeína solução oral 3mg/ml ou comprimido de 30mg cada 6 horas.
8.Estertores pré-morte
Ruídos percebidos com os movimentos respiratórios de pacientes terminais, devido ao acúmulo de secreções.
  • Hioscina 10 a 20mg de 6 a 8 horas, sc ou por via inalatória.
  • Furosemida 20mg a cada 6 horas por inalatória.
9.Espasmo vesical
Dor suprapúbica intensa intermitente, produzida por espasmo do músculo detrusor da bexiga.
  • Amitriptilina 25mg a 50mg/dia
  • Hioscina 10 a 20mg 8/8 horas vo ou sc
  • Oxibutinina 2,5mg a 5mg cada 6 horas
  • Naproxeno 250 a 500mg cada 12 horas.
  • Instilação na bexiga de 20ml de lidocaína 2% diluída em soro fisológico
10.Tenesmo urinário
Desejo de urinar que se apresenta em forma de gotejamento. Descartar infecções, constipação e medicamentos como haloperidol, fenotiazidas.
  • Prazosin 0,5mg a 1mg cada 8 a 12 horas.  
11.Hipertensão Intracraniana
  • Dexametazona dose de ataque de 16 a 40mg/dia, oral ou parenteral, e posteriormente nas doses de 2 a 8mg de 4 a 6 h, ou em dose única.

Fonte: A Beira do Leito, Toniolo Neto, João; Last Pintarelli, Vitor. UNIFESP

ÚLCERAS ARTERIAIS E VENOSAS

Existe sempre uma dificuldade em diferenciar clinicamente ao exame físico uma úlcera arterial de uma venosa. Assim colocaremos algumas diferenças que ajudam no diagnóstico dessas duas patologias.
Úlceras arteriais aparecem por infartos da derme e causadas por processo ateroesclerótico, são muito dolorosas, sem focos de hemorragia, profundas, bordos bem definidos, mais distais, alterações tróficas como ausência de pelos, diminuição de pulsos arteriais, palidez em membro.



Úlceras venosas são decorrentes de insuficiência venosa crônica, com presença de varizes e flebites. Tem dor moderada, superficial, prurido perilesional, bordos mal definidos, com hemorragias, mais proximais, mais frequente no maléolo medial e podendo haver edema de membro.




terça-feira, 16 de setembro de 2014

ERISIPELA X CELULITE

Tanto Celulite como a Erisipela são infecções de pele. Ambas as condições apresentam calor local, eritema, edema e dor, além de febre e linfangite.
Causas de Erispela e Celulite:
- Cortes e feridas simples, Eczemas, Impetigo, Varicela, Picadas de inseto, Unha encravada, Onicomicose, uso de drogas endovenosas, queimaduras, mordidas de animais, obesidade, Diabetes Mellitus, uso de corticóides, imunossupressão, pacientes com edema crônico - Insuficiência Venosa Crônica.
Tratamento:
  • Cefalosporinas de 1a Geração - Cefalexina 500mg 6\6 horas 7 dias, Cefalotina ev
  • Clindamicina 250mg oral 2x ao dia pr 7 a 14 dias.
  • Eritromicina 500mg 6\6 horas 7a 14 dias. 
  • Penicilina via oral ou ev.
  • Vancomicina em casos mais graves.

A Erisipela é uma infecção mais superficial da pele, com marcante envolvimento de vasos linfáticos da derme. Na Erisipela típica, a área de inflamação destaca-se com algum relevo, indicando uma demarcação nítida entre o tecido envolvido e o normal. É causada pelo Estreptococos B-hemolítico e mais raramente o Staphylococos aureus. Mais comum em idosos e crianças. Podem haver formação de bolhas.



ERISIPELA EM COXA MOSTRANDO A DEMARCAÇÃO NÍTIDA ENTRE PELE NORMAL E INFECTADA


A Celulite é mais comum em pessoas com mais de 50 anos. Atinge derme mais profunda e tecido subcutâneo, e nem sempre é clara a distinção entre tecido infectado e não infectado. S. aureus e estreptococos do grupo A são os agentes etiológicos mais comuns, além de Haemophilus influenzae, bacilos gram negativos e fungos como o Cryptococcus neoformans. Pode haver sepse e supurações mais profundas.

CELULITE
 





quinta-feira, 11 de setembro de 2014

CUIDADOS PALIATIVOS 2

3.Cólicas
  • Hioscina 10 a 20mg cada 6 horas.
  • Opióides
  • Dexametasona em bolo 40 a 80mg/dia por via parenteral
  • Octreotide:0,1 a 0,2mg a cada 8 a 12 horas, sc, para reduzir as secreções intestinais.
4.Soluço
  • Pode ocorrer por irritação frênica, distensão gástrica, lesão cerebral, uremia ou elevação do diafragma.
  • Clorpromazina 10 a 25mg cada 8 horas. Droga de eleição.
  • Baclofeno 5 a 10mg cada 8 horas.
  • Nifedipina: 10 a 20mg cada 8 horas.
  • Valproato sódico 500 a 1000mg/dia
  • Dexametasona se devido ao edema cerebral
  • Metoclopramida ou pró-cinéticos se existe distensão gástrica.
5.Sialorréia
  • Medicamentos, tumores cerebrais e doenças neuromusculares.
  • Hioscina 10 a 2mg cada 6 a 8 horas.
  • Amitriptilina 25mg a noite.
  • Colírio de atropina 1%: 2 gotas via oral 4x ao dia.
  • Furosemida: 20mg via inalatória a cada 6 horas.
6.Dispnéia
  • Medidas gerais: umidificação do ambiente, oxigênio, elevação da cabeceira da cama.
  • Nebulização com broncodilatadores.
  • Ansiolíticos: diminuem a ansiedade e a taquipnéia. Diazepam 5 a 10mg cada 8 a 12 horas via oral, lorazepam 0,5 a 2,0mg via sublingual, midazolam 2,5 a 5mg em bolo cada 4 horas sc ou 0,5 a 0,8mg\h em infusão contínua sc, clorpromazina 25 a 100mg/dia IM.
  • Morfina 2,5 a 5mg cada 4 horas.
  • Corticoesteróides em casos de linfangite carcinomatosa, obstrução das vias aéreas superiores, pneumonite pós-radioterapia.
  • Crise aguda de dispnéia: Morfina e/ou benzodiazepínicos.
Fonte: A Beira do Leito, Toniolo Neto, João; Last Pintarelli, Vitor. UNIFESP

domingo, 7 de setembro de 2014

CUIDADOS PALIATIVOS 1

A boa prática de cuidados paliativos pretende melhorar a qualidade de vida dos pacientes ( e dos familiares) com doença incurável progressiva e irreversível.

Indicações para cuidados paliativos:
  • Doença Progressiva: dependência em três ou mais atividades de vida diária, incontinências, impossibilidade comunicação, comprometimento nutricional com perda de peso maior que 10% nos últimos seis meses e recusa de alimentação via sonda. 
  • Insuficiência Cardíaca: classe funcional IV pela NYHA, fração de ejeção menor que 20%, refratariedade a tratamento otimizado, arritmias, antecedente de ressucitação, síncope e embolia.
  • Doenças pulmonares: DPOC, Cor pulmonale, PO2 <55, Sat%<88, pulso no repouso > 100bpm e dispnéia incapacitante.
  • Demências: capacidade funcional muito baixa (> 3 avds comprometidas), complicações médicas (pn aspirativa, infecção urinária, septicemia, úlcera por pressão), ingestão oral insuficiente, albumina <2,5 e colesterol total < 155.
  • Doenças Hepáticas ou Renais: pacente com contra-indicação de transplante ou recusa deste e que apresentem clearance de creatinina < 15ml\min, creatinina >8mg\dl e TAP acima de 5s.
Sintomas e Tratamento
 
1.Anorexia e caquexia
  • Dexametazona 2 a 20mg\dia 1x ao dia, efeito transitório de 4 a 6 semanas.
  • Acetato de Megestrol 160 a 1600mg\dia em 3 a 4 tomadas.
  • Metoclopramida caso tenha náuseas ou võmitos com saciedade precoce.
2.Náuseas e Vômitos
  • Induzido por opiódes: Metoclopramida 5 a 10mg a cada 6 a 8 horas, via oral ou subcutânea; ou haloperidol 1,5 a 10mg cada 12 a 24 horas, vo ou sc.
  • Induzido por quimioterápicos: Ondasentron 8 a 16mg\dia em 3 a 4 tomadas, dexametazona 4 a 20mg\dia, tomada única; vo, sc ou im; lorazepam em vômitos antecipatórios a quimioterapia. 
  • Estase gástrica: metoclopramida, domperidona, bromoprida.
  • Hipertensão Intracraniana: dexametazona.
  • Obstrução Intestinal: haloperidol 2,5 a 5mg cada 8 a 12 horas, sc.
Fonte: A Beira do Leito, Toniolo Neto, João; Last Pintarelli, Vitor. UNIFESP
 


AULA: CETOACIDOSE DIABÉTICA E ESTADO HIPEROSMOLAR

 
CETOACIDOSE DIABÉTICA E ESTADO HIPEROSMOLAR
 
Alunos: Carolina Bortolon e Taís Turati
 


 

AULA: HIPOTIREOIDISMO E HIPERTIREOIDISMO NO IDOSO


HIPOTIREOIDISMO E HIPERTIREOIDISMO NO IDOSO

Alunos: Robson Boeira e Priscila Donato